domingo, 13 de junho de 2010

O Que Ninguém Diz

Estão todas as universidades portuguesas sensibilizadas para receberem pessoas com deficiência?
Se houvesse vontade, a qualidade do ensino superior aumentaria e tornaria estes estabelecimentos como exemplo a seguir-se. Para quê tantos estudos que se deve melhorar a vida dos cidadãos com deficiência quando não pretendem ajudá-los?
Apostar nas populações minoritárias é apostar no futuro. São lançados novos desafios, o prestígio das instituições públicas de ensino superior aumenta, são fornecidos novos panoramas aos estudantes para criarem tecnologias de apoio e a população académica adquire mais conhecimentos conducentes à integração das pessoas com deficiência na sociedade.
Hoje é injusto as universidades não fornecerem qualquer tipo de apoio, é injusto pagar-se a mais pelo material de estudo por causa da deficiência, é incrível o abandono a que os estudantes estão sujeitos no ensino superior português.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Material de Estudo Acessível Para Pessoas com Baixa Visão

"Afinal vê ou não vê"? Esta é a questão que a comunidade em geral faz perante uma pessoa com baixa visão. O desconhecimento daquilo que um indivíduo é capaz ou não de ver faz com que sejam tomadas por vezes medidas inadequadas.
Para que estes estudantes universitários tenham acesso aos materiais de estudo da melhor forma, é necessário que os docentes contactem com os alunos e gabinetes de acessibilidade dos seus estabelecimentos a fim de esclarecerem algumas questões importantes:
1. Para a disciplina, o material escrito é melhor ser fornecido em suporte digital ou em papel?
2. Em ambos os casos anteriores, que características devem ter os textos de apoio, fichas de trabalho, frequências e exames (Ex: tamanho, cor e tipo de letra)?
3. O esforço que o estudante faz a ler material que necessite de alguma concentração visual pode ser ou não prejudicial para a sua visão?

Nota:
No caso de o estudante cansar a vista ao ler por exemplo um exame, o docente tem toda a legitimidade para reduzi-lo, colocando lá a matéria mais relevante.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

As Acessibilidades e os Desafios para a Promoção do Ensino Superior Inclusivo

21 de Janeiro de 2010
Universidade do Minho – Anfiteatro B1, Complexo Pedagógico II - Campus de Gualtar, Braga
 
Na sequência do I Seminário - “Contributos para uma Universidade Inclusiva” – realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa em 2009, surge o II Seminário – “As Acessibilidades e os Desafios para a Promoção do Ensino Superior Inclusivo” – com o qual se pretende dar continuidade a este espaço de intercâmbio e de difusão de informação sobre o amplo tema da inclusão dos estudantes com deficiência ou necessidades especiais no Ensino Superior.
 
Neste II Seminário privilegiamos o tema das acessibilidades, nas suas várias vertentes, e os desafios que se levantam quando o objectivo é promover a inclusão. 
 
Constitui-se como oportunidade de partilha e de debate, quer para técnicos, professores e estudantes do Ensino Superior, quer para os potenciais candidatos a este nível de ensino, para os seus pais, professores e outros profissionais que lidam de perto com o tema em foco.
 
Este evento marca ainda um momento importante no trabalho desenvolvido pelo GTAEDES: a assinatura de um acordo de colaboração com o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR, I.P.) 
 
Estão todos convidados a participar.

Para mais informações sobre este evento ou para solicitar a ficha de inscrição, contacte:
Telefone: 253604117
E-mail: gaed(arroba)reitoria.uminho.pt
 
Após preencher a ficha de inscrição, deverá remetê-la, até ao dia 18 de Janeiro, por uma das seguintes vias:

Email: gaed(arroba)reitoria.uminho.pt
Fax: 253601339
Correio para:
GAED - Universidade do Minho
Complexo pedagógico I
Campus de Gualtar – 4710-057 Braga
 
Aos inscritos será entregue um certificado de participação.
 
PROGRAMA
 
9:00h - Sessão de Abertura
 
PAINEL I: As Várias Vertentes da Acessibilidade
 
9:30h - As TIC ao Serviço das Necessidades Especiais no Ensino Superior
Francisco Godinho
Coordenador do Centro de Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (CERTIC)
 
9:50h - Acessibilidade e Inclusão Digital: Práticas de e-learning nas Universidades Públicas Portuguesas
Ricardo Monteiro
Professor do Ensino Básico/Consultor de Acessibilidade Digital
 
10:10h - As acessibilidades na Produção de Materiais de Estudo para Estudantes com Deficiência ou Necessidades Especiais
Jorge Fernandes
Coordenador do Programa Acesso da Unidade de Missão Inovação e Conhecimento (UMIC)
 
10:30h – Coffee Break
 
11:00h - Acessibilidades Físicas: Realidades e Desafios
Susana Silva
Jurista do Instituto Nacional para a Reabilitação (INR, I.P.)
 
11:20h - Guia de Acessibilidades do Ensino Superior - Serviço de informação da Agência Europeia para as Necessidades Especiais em Educação
Ida Brandão
Técnica Superior da Direcção de Serviços da Educação Especial da DGIDC / Ministério da Educação
 
11:40h - Debate
Moderadora: Gracinda Martins
Coordenadora do Gabinete Pedagógico da Universidade de Aveiro
 
12:30h – Almoço
 
 PAINEL II: Desafios da Inclusão no Ensino Superior
 
14:30h – Contributos do Serviço de Apoio ao Estudante do Instituto Politécnico de Leiria para a Avaliação e Compreensão da Dislexia no Ensino Superior
Sandra Alves
Técnica Superior do Serviço de Apoio ao Estudante do Instituto Politécnico de Leiria
 
14:50h - As Doenças do Foro Psiquiátrico em Estudantes Universitários
Adriano Vaz Serra
Médico Especialista em Psiquiatria/Presidente da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria
 
15:10h - Voluntariado Universitário: Contributos para um Ensino Superior mais inclusivo
Lília Aguardenteiro Pires
Técnica Responsável do Serviço de Apoio ao Aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
 
15:30h - Serviços de Apoio: Principais Desafios e Dificuldades Experienciadas
Maria João Velez
Técnica responsável pelo Gabinete de Apoio às Necessidades Educativas Especiais da Universidade de Évora
 
15:50h -  Debate
Moderador: Cláudio Fernandes
 Coordenador do Gabinete de Apoio Psicopedagógico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa
 
16h:30m – Sessão de Encerramento
 
Assinatura do Acordo de Colaboração entre Instituições de Ensino Superior Público para o Apoio a Estudantes com Deficiências e o Instituto Nacional para a Reabilitação (INR, I.P.)

Figuras em Relevo

Por norma, existem figuras que os docentes pretendem colocar acessíveis para um estudante cego. O problema é seleccionarem-se critérios que indiquem se a opção foi a melhor ou não.
1. A figura pode ser suprimida? - Esta questão pode ser colocada se a informação não for muito relevante;
2. É possível e é fácil difundir a informação da imagem através de texto? - Aqui é necessário ter-se em conta se a descrição é a melhor opção.
3. A figura tem muitos detalhes? - As imagens em relevo devem ter poucas cores, traços e texto (usar legenda com letras e números e numa folha à parte a correspondência);
4. A imagem é muito pequena? - Quando as figuras são pequenas, os traços ficam muito juntos e podem-se tornar confusos;

Na sua região devem existir bibliotecas municipais que possuem máquinas de relevos próprias para fazerem estas imagens em relevo.

Como proceder:
A. Imprima ou fotocopie as figuras para o papel específico que lhe é fornecido pela entidade (atende que a figura tem de ficar no lado mais rogoso do pel);
B. Ligue a máquina, coloque a folha direita na mesma e quando o aparelho puxar o papel, continue a mantê-lo direito (faça esta operação as vezes que for necessário mas não deixe a máquina queimar a parte que está pintada).

Nota:
Estes passos parecem-se muito complicados mas na verdade não o são e por norma não se demora muito tempo.

Cuidados a Ter Numa Sala de Aula

As dicas que se seguem são bem simples e ajudam bastante o estudante cego numa sala de aula:
Antes de mais, trate-o por "cego" quando está a falar directamente com ele e não por "invisual". Para além disto, não tenha receio ao fazer questões do tipo: "Viste o capítulo 32"?
Quando estiver a comunicar para todos os estudantes e pretender chamar a atenção dele em particular, ou chama-o pelo nome, ou refere-se ao estudante por alguma coisa que ele esteja a fazer no momento;
Não diga por exemplo em frente de todos "onde está o aluno cego" porque pode-se dar o caso de seguir-se um silêncio perturbador da parte da turma (por norma gostam de passar desapercebidos);
Ao descrever figuras, não utilize palavras tais como "aqui", "ali", entre outras porque não dão uma noção correcta de onde estão as coisas.